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Penso, logo desisto! – Pensamentos

Parafraseando a famosa frase de René Descartes, um grande filósofo e matemático do século XVI,  “Penso, logo existo”; ousamos dizer que nos dias de hoje: Penso, logo desisto!

O que está acontecendo conosco? Quem ainda não se viu com os seus pensamentos comportando-se como crianças birrentas e escandalosas em pleno shopping num sábado a tarde? Descontrolados, inoportunos, desassossegados, irritados, confusos, esquecidos e…, a lista não para.

Afinal, o que são os pensamentos, porque é tão difícil controlá-los, como sair dessa confusão? Como não desistir?

O pensamento é “energia viva e dinâmica,  ele é a nossa primeira unidade produtiva”1.  Eles são as ferramentas que usamos para interagir com o mundo e compreendê-lo. Ele é inerente a nossa realidade mental, não é uma opção, portanto, temos uma necessidade de sobrevivência de cuidar do nosso pensar e por consequência da nossa mente.

A mente é o armazém dos pensamentos. Assim como, a árvore frondosa que fornece uma sombra enorme em uma tarde de verão é formada por pequeninas folhas, a nossa mente é formada por “infinitas” unidades de pensamentos.

O problema central dos nossos pensamentos está em dois fatores: quantidade e qualidade. Por falta de conhecimento nessa área,  não temos a ciência de que nos compete educar, sanear e administrar nossos pensamentos e manter nossa mente organizada. Todos os nossos excessos emocionais comportamentais começam da perda do comando dos nossos pensamentos.  

Quanto mais estímulos externos, mais pensamentos criamos. Quanto maior a pressão e exigência da vida, mais agitados eles se tornam. Quanto mais improdutividade,  preguiça, frustrações, inseguranças, ansiedades, mais eles se densificam e aglutinam. Bem-vindo ao descontrole!

E como sair de tudo isso? 

Tudo é construído, e da mesma forma que construímos a bagunça durante muito tempo, agora vamos usar da ferramenta chamada 5 Regras para Vencer nossos Limites para educar ou reeducar a nossa mente. Nesse artigo vamos falar apenas da primeira regra para iniciar esse trabalho. Nos próximos traremos as outras regras.

A primeira ferramenta, o Observar  é  “ ter a visão do que está por trás de todas as coisas; aquilo que meus olhos não podem ver, mas está lá”2.  Isto é, ampliar os nossos sentidos e ao mesmo tempo trazer foco e direcionamento para eles. Essa ferramenta é para ser utilizada em todos os momentos de nossa vida, mas vamos começar nosso treinamento aplicando-a em nossa mente e pensamentos.

Lembra-se da criança birrenta? A melhor forma dela parar de gritar e chorar, é a mãe ou pai, observá-la sem se envolver e deixar que ela pare sozinha e se recomponha. A nossa mente e pensamentos não são diferentes. Conseguir observar nossos impulsos e omissões e não agir regidos por eles, é nosso primeiro desafio.  No exercício de nos observar, vamos tomando ciência do tamanho da bagunça:  de pensamentos soltos, repetitivos, desconexos, descontrolados, e ainda, aqueles que não nos pertencem.  Através da observação, começamos a colocar cada coisa no seu lugar, jogar fora pensamentos inúteis e ou transformá-los . 

Não tenha pressa, se entendermos que os nossos pensamentos e aglutinações mentais são nossos verdadeiros filhos… saberemos que cabe a nós, apenas a nós mesmos educá-los. 

A experiência de educar nossos próprios pensamentos tornar-nos-á pessoas mais saudáveis, produtivas e autoconectadas!

1- Paulo Zabeu, Faça você mesmo os seu destino, IEditora, 2004, pag. 32.
2- Paulo Zabeu, 5 Regras para vencer seus limites, IEditora, 2003, 2ª edição, pag. 19.